30 de janeiro de 2011

Identidade Visual II - As aparências enganam?

"As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam, porque o ódio e o amor se irmanam na fogueira das paixões...". Esse trecho da música da grande Elis Regina fala sobre o assunto desse post, e cita a máxima comum de que "as aparências enganam". Mas, ao falar sobre identidade visual, será que é possível afirmar que as aparências, de fato, enganam?
Sobre identidade visual, vale lembrar que ela é o conjunto de elementos gráficos que comunicam o posicionamento e/ou personalidade de algo ou alguém (para ler mais sobre identidade visual, clique aqui). Quando falamos em elementos gráficos, nos referimos a tudo aquilo que constitui uma aparência, que faz parte da identidade visual, e é essencialmente importante na comunicação. É a fachada de uma empresa, as vestimentas de uma pessoa, ou a embalagem de um produto. É primordial que se pense cuidadosamente nos aspectos externos, pois são eles que transmitem a ideia acerca dos aspectos internos, ou seja, comunicam a essência que existe no interior.
Isso quer dizer que os signos (conceito de semiótica) tangibilizam uma ideia, uma personalidade, e até um posicionamento, que são conceitos muito importantes a todos. Por exemplo, são as roupas que uma pessoa veste, bem como os acessórios que usa e o seu penteado, que passam uma primeira impressão de quem ela é; no caso de uma empresa, é seu material de comunicação que passa a credibilidade de seus serviços; enquanto que para um produto, é a embalagem que estabelece seu primeiro contato entre marca e consumidor.
Diante disso, precisamos repensar essa máxima de que "as aparências enganam", pois, querendo ou não, na maioria das vezes, o primeiro contato que realizamos sempre é o visual. Essa ideia da "enganação" é sustentada por conta do preconceito, ou pelo fato de que "nem tudo que parece é", ou que uma pessoa pode ser "bonita por fora e feia por dentro, ou vice-versa". Porém, por mais que esses casos existam, é preciso saber adequar sua imagem ao que, de fato, se é.
Por isso, é importante saber se vestir para uma entrevista de emprego, saber que roupa usar num jantar de negócios, qual cor usar para embalagem de seu produto, e definir qual será o design de sua logomarca. O RP, como um profissional que zela pela imagem de algo ou alguém, também trabalha, de maneira estratégica, a identidade visual de seu cliente, a fim de que a mesma seja condizente com seus valores.

E você, está cuidando de maneira adequada de sua identidade visual? Seu exterior condiz com seus valores, ideais, e personalidade?
É válido refletir a respeito, pois as aparências só enganam quando são mal trabalhadas!

Até a próxima troca de ideias! Um forte abraço!

2 comentários:

  1. "as aparências só enganam quando são mal trabalhadas!"

    Discordo, muitas das vezes as aparências são feita para enganar. Por exemplo: um produto ruim, divulga sua imagem, ou usa um rótulo atrativo para ludibriar o consumidor. Porém seu produto é inferior, ou seja, usando outra máxima, "não devemos julgar o livro pela capa".

    E o RP, muitas das vezes é designado a essa função, de vender, vender, deixando a ética de lado, não importando com os outros, e sim com seus próprio nariz.

    O RP, como um profissional que zela pela imagem não ligando pelo produto em si.

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  2. Caro Fábio,
    É por isso que afirmei, em meu texto, que a identidade visual precisa ser condinzente, ou seja, ela só engana quando é mal trabalhada. Os casos que você citou existem sim, sem dúvida, mas são casos em que a identidade foi mal trabalhada.
    O princípio da profissão do RP é a transparência, ou seja, construir uma imagem real e verdadeira. Se ele zelar pela imagem não ligando para o produto em si, como você colocou, não será um bom profissional.
    Obrigado pela crítica. Continuemos a trocar ideias! ;D

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